From: Fabiano - deStilaDo <fabianoengler@gmail.com>
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Subject: [gentoo-user-br] Re: [gentoo-user-br] Re: [gentoo-user-br] Migrar ou não para a árvore estável...
Date: Wed, 13 Oct 2010 16:30:40 -0300 [thread overview]
Message-ID: <AANLkTimY+-pFx=QEJSwhFp9iQytixxRdnsbmhrQZ=OAc@mail.gmail.com> (raw)
In-Reply-To: <AANLkTimr45cQOiZ1v64DBWN5ZTn_kgB9WOghFbhj9kZ-@mail.gmail.com>
> Eu fui para o testing do stable pois não aguentava mais esperar pela
> última versão do Firefox por um mês (e por diversos conflitos com os
> drivers de vídeo da Intel mais antigos). Nunca me arrependi. A árvore
> testing não é "cheia de bugs e propensa a dar freeze", ela só está
> mais atual com o upstream, e portanto foi testada menos.
Não é mais fácil fazer o oficialmente recomendado pelo Gentoo, usar
uma base stable e só testing o que você precisa? Eu faço isso e acho
muito melhor. Sempre usei o firefox testing, e no notebook, por causa
da placa de video também e outras coisas uso o Xorg inteiro testing.
Usei o KDE4.0.0 quando estava nem na árvore oficial ainda..
Eu não vejo a questão tanto como problema das versões upstream serem
"bugadas e propensas a dar freeze", mas sim que elas não são estáveis
no Gentoo, pois elas podem interagir com o sistema de formas não
prevista e causar problemas, acontece e já aconteceu várias vezes.
Se você é um usuário um pouco mais avançado, e tem uma ou duas
máquinas com Gentoo para manter, e tem tempo, realmente não é muito
problema deixar tudo testing.
Já pra mim não compensa, sério. Uso Gentoo faz 6 anos, fora algumas
reinstalações no começo, na fase de aprendizado, uso praticamente a
mesma instalação no meu desktop principal desde então, mesmo já tento
trocado de hardware várias vezes, inclusive de amd para intel e depois
de novo para amd. E durante muito tempo achei divertido "brigar" com o
gentoo o resolver todos os problemas q apareciam, mesmo que em muitos
casos fosse mais fácil até fazer um fresh-install, "perderia a graça".
Hoje, além do desktop e laptop com Gentoo, eu administro vários
servidores Gentoo hardened. Hoje, eu só quero dar um "eix-sync &&
emerge world -uDN" em todos os meus Gentoos e quero que isso funcione.
E isso é utopia se falando em universo Gentoo, no stable já é
impossível, no testing mais ainda. Mas nos servidores hardened isso é
já quase uma realidade pra mim. (Claro que pra um servidor não é tão
simples, vc não vai atualizando as cegas, tem que ler e news,
changelogs, ver se vai precisar reiniciar algum serviço, compilar
primeiro, instalar depois, etc., etc.). Ilustração fictícia: "Olha
pessoal, agente vai ficar sem e-mail até amanhã porque eu to
atualizando o Gentoo aqui e demora um pouco, mas tenham paciência, é
só uma biblioteca quebrada do postfix e outra do postgres, até amanhã
tá no ar de novo, e pra garantir isso eu viro a noite aqui de novo,
sem problemas, sério, eu gosto, se eu gostasse de dormir ou ter
família eu não virava sysadmin." =P
Por que que eu vou ficar me metendo com dependência, com
revdep-rebuild, com mascarando aqui, desmacarando ali, brigando com
block, sendo que os gentoo-devs estão lá pra isso? É isso que é o
stable, onde nada disso deveria acontecer. (Claro, desconsiderando os
casos em que vc realmente está testando o testing, e sim, toda vez q
eu encontro algo que deve ser um bug em reporto no bugs.gentoo)
Assim, eu tenho o melhor de todos os mundos, vários sistemas que não
me dão dor de cabeça em stable, as útimas versões dos softwares que eu
quero e que fazem diferença pra mim (firefox, chromium, openrc, etc),
e ainda estou coberto com as atualizações de segurança com o glsa.
Por isso e outras coisas, eu não recomendo usar o testing, não vejo
valor nisso, sendo que você pode ter o testing apenas dos pacotes que
realmente precisa e desfrutar de uma base muito mais estável. Além do
mais, por mais que hoje, depois de tantos anos usando Gentoo, para
usuários mais avançados como eu, você e o Thiago Nunes seja
relativamente fácil resolver quase todos os problemas que aparecem,
pode não ser assim para muita gente. Um block que para nós seja apenas
um "echo alguma coisa >> /etc/portage/algum_arquivo", para um usuário
menos experiente pode render muitas e muitas horas de dor de cabeça, e
xingamentos injustos ao Gentoo, sendo que realmente isso não deveria
ser um problema que eles deveriam estar enfrentando. Fora o tempo que
isso tudo gasta...
E se tá sobrando tempo, tem tanta coisa mais legal pra fazer do que
ficar brigando com o portage, como montar um grid de compilação aí com
o distcc e faz funcionar em pump_mode, montar um repositório local
binário do Gentoo pra compilar cada pacote somente uma vez e usar o
mesmo bin em todas as máquinas com a mesma arquitetura, ou sei lá, ler
as GLEP, ajudar no forum, os gentoo dev docs, hehehe...
[]'s
Fabiano, feliz usuário de várias instâncias do Gentoo Stable há 6 anos =)
2010/10/13 Daniel da Veiga <danieldaveiga@gmail.com>:
> 2010/10/13 João Carlos <jhonny.bittencourt@gmail.com>:
>> Olá todos!
>> Uso o Gentoo há pouco menos de 1 ano e de lá pra cá tenho feito uma série de
>> descobertas que me incentivam a continuar utilizando este sistema.
>> Entretanto, algumas coisas ainda me incomodam nele. Tenho um notebook Dell
>> Inspiron 1525 e desde que instalei o Gentoo nele ainda não me sinto a
>> vontade para afirmar que o meu sistema é estável. Overloadings no sistema,
>> super-aquecimento durante a compilação e o pior de tudo... Travamentos
>> repentinos. A questão do aquecimento é justificada pelo Core2Duo que
>> esquenta d+ durante as compilações. Em uso normal, numa sala com ar
>> condicionado, ele costuma ficar entre 40 e 50° sem que eu faça nada com ele.
>> Bom, como sou um entusiasta e adoro desafios estou pensando em migrar todo o
>> meu sistema para a árvore estável. Como sei que esse não vai ser um trabalho
>> simples, gostaria de antes disso pedir a opinião e ajuda do pessoal mais
>> experiente, já que de cara notei que não posso resolver com um simples
>> emerge. De cara já percebi uma série de conflitos de pacotes bloqueados que
>> creio não ser simples de resolver. Eu gosto de estar com meu sistema sempre
>> atualizado, mas estas questões de estabilidade tem me tirado do sério! Já
>> usei outros sistemas, como Debian Likes e openSUSE e não me lembro de ter
>> problemas, principalmente com travamentos.
>> Já que estou para fazer um processo tão trabalhoso, queria saber também se
>> existe algum testbench para verificar e comparar os resultados de desempenho
>> antes e depois da transição.
>
> Não te aconselho esta troca. A não ser reinstalando (claro, com backups).
> Eu fui para o testing do stable pois não aguentava mais esperar pela
> última versão do Firefox por um mês (e por diversos conflitos com os
> drivers de vídeo da Intel mais antigos). Nunca me arrependi. A árvore
> testing não é "cheia de bugs e propensa a dar freeze", ela só está
> mais atual com o upstream, e portanto foi testada menos.
>
> Quanto ao seu notebook. Antes de mais nada verificar se as aletas de
> ventilação e o próprio cooler do notebook não estão sujos, diminuindo
> sua eficiência térmica. Depois implementar reguladores de frequência.
> Como você mesmo falou, um Core 2 Duo esquenta, até normalmente. Estou
> com um desses aqui e a temperatura é alta mesmo. Na sala a 20 graus, o
> processador está permanentemente entre 35 e 40 (em idle), se exigir
> dele, vai tranquilo para 60, 70, e os coolers vão a loucura. Claro que
> é um desktop, portanto, não uso gerenciamento de frequência, mas num
> notebook é necessário. Eu tinha um P4 2.6 que tinha que ser regulado
> para 2.0 durante full load senão atingia o pico de temperatura e
> desligava.
>
> Se seu problema é temperatura, simplesmente regular a frequência deve
> te dar mais autonomia de bateria, menores temperaturas, em geral,
> melhor gerenciamento térmico, e seus travamentos provavelmente vem
> disso, não das versões do software instalado.
>
> --
> Daniel da Veiga
>
>
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2010-10-13 12:53 [gentoo-user-br] Migrar ou não para a árvore estável João Carlos
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